O Museu Nacional do Cinema

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Já aqui falei da Mole Antonelliana, agora falo do está dentro dela, o Museu Nacional do Cinema.
Como aficionado da sétima arte, este era um dos locais que estava com mais expectativa para visitar, afinal, Itália tem também ela uma grande tradição cinematográfica e este, tirando os estúdios da Cinecittà de Roma, que são um verdadeiro “museu vivo”, é o local com maior espólio histórico em todo o país.

Sendo muito directo na minha critica, e dando a minha opinião, que é para isso que me pagam, este é, se não me falha a memória, o meu museu favorito de todos os que já visitei.
Não se trata apenas de um museu que fala de cinema, ele vive e faz viver os filmes, os guiões, os efeitos especiais, os cenários, os actores, os figurinos, parece que nada foi esquecido para proporcionar ao visitante uma experiência enriquecedora, dinâmica e inovadora.
A rota pelo museu inicia-se antes de qualquer referência a audiovisuais, ela começa por nos explicar ao pormenor o nosso sentido necessário para apreciar o que vamos ver a seguir: a visão. E fá-lo com dezenas de ilusões ópticas que nos deixam desde logo entusiasmados e interessados em ver e absorver o máximo da experiência.

O museu mostra-nos a história do cinema desde as suas raízes mais profundas, e não falo dos Irmãos Lumière, falo de teatros de sombras chinesas de há 4000 anos atrás ou dos primeiros Zootrópios, tudo com uma clareza enorme e com oportunidade de vermos as coisas a funcionar, aliás, de as pormos nós mesmos a funcionar. Esse é para mim o ponto forte do museu, a interacção com os visitantes. Não há uma única sala onde não sejamos convidados a experimentar uma maquineta, a espreitar por um buraco, a sermos filmados ou a sentar e ver o que está a ser exibido.
A viagem leva-nos por toda a história do cinema italiano e mundial, até à era digital, onde nos mostram o quão fácil é sermos pilotos de uma nave espacial.
Tesouros como um guião original de “O Padrinho” ou figurinos de Marilyn Monroe estão patentes em exposição, ao lado de dezenas de objectos das obras-primas de Fellini, o maior génio do cinema italiano de todos os tempos.

Assim, aconselho a visitar o site que além de ter bastante informação e poder ser visto em inglês, tem também uma visita guiada pelo museu bastante interessante. Este é sem dúvida um local que, se estiver pelo norte de Itália, já vale a pena vir a Turim só para ver.

Miguel

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