A Mole Antonelliana

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Esta é, sem a mínima dúvida, a principal atracção e símbolo máximo da cidade de Turim.
Foi em tempos e por muitos anos o edifício mais alto do mundo, até a chegada da Torre Eiffel, e por muito que estejamos habituados a ver edifícios bem mais altos pelo mundo fora, incluindo em Portugal, este não passa nada despercebido numa cidade sem arranha-céus ou antenas de rádio que lhe façam parelha lá no alto.
É facilmente visível de quase todos os pontos do centro da cidade, e quando avistada um pouco mais de longe, a sua cúpula dá ao contorno dos edifícios uma nova magia e beleza, bastante italiana direi.
Ao contrário da Torre Eiffel, a Mole Antonelliana (assim chamada em homenagem ao seu construtor, Alessandro Antonelli) não está localizada no meio de nenhum jardim gigante ou num ponto de referência da cidade, onde ela seja a única construção num raio de muitos metros de modo a ter todas as atenções. Não, a Mole é simplesmente mais um edifício no centro da cidade, rodeado por ruas e outros edifícios, uns mais antigos, outros que foram sendo construídos ao longo do tempo. Pode-se dizer que é uma desilusão para quem espera ver um ícone, um símbolo da própria Itália (figura na moeda de 2 cêntimos italiana) com todas as honras que mereceria.
Acho que nunca se distinguiu mais ou mereceu um espaço maior em seu redor por ao longo da história nunca ter tido uma função específica ou com um grau de importância elevado para as gentes da cidade. Basicamente, os italianos nunca souberam muito bem o que fazer com ela, e acabou por se transformar no Museu do Cinema, coisa que naturalmente poderia estar em qualquer outro lado.

É possível visitar o museu ou simplesmente só subir o elevador que nos leva ao topo, de onde a vista é, mesmo para quem já esteve em sítios mais altos, magnifica. Para quem gosta de visitar a Torre dos Clérigos no Porto, pode-se dizer que esta é uma experiência ligeiramente melhor, até porque não tem de subir os duzentos e tal degraus, e tirando a rede que corta a vista em quadradinhos, o bem-estar e o relaxamento são sensações muito apelativas, porque apesar de não se tratar de uma metrópole, não deixa de ser uma cidade grande e o stress dos transportes públicos e das filas também se faz sentir ao fim de alguns dias pelo centro.

Esta vai entrar para a lista de coisas a visitar para quem cá passar, nem que seja só por um dia. Certamente não se vai arrepender e é uma óptima possibilidade para sentir que se está a viver um pouquinho da história de Itália.

Amando Turim,
Miguel

1 comentários:

Mariana disse...

deixaste-me apaixonada pela tua descrição... tenho mesmo de ir à Mole Antonelliana!!! adorooooo subir a edifícios ou monumentos em que seja possível ter uma perspectiva da cidade que nos rodeia, estando no meio dela mas ao mesmo tempo "longe" e distante da confusão de uma cidade!!